sexta-feira, 5 de junho de 2009

Alyssum serpyllifolium subsp. lusitanicum (Brassicaceae) I

A. serpillifolium subsp. lusitanicum (= A. pintodasilvae) é uma pequeno arbusto da família da couve (Brassicaceae), supostamente endémico das rochas ultrabásicas do NE de Portugal (Maciços de Morais e de Bragança-Vinhais) e da Galiza (Melides). Encontra-se, neste momento, em plena floração cobrindo de um manto amarelo os serpentinitos transmontanos.


Comunidade de A. serpillifolium subsp. lusitanicum (Samil, Bragança) [foto C. Aguiar]

Esta espécie coloniza solos recentemente abandonados pela agricultura cerealífera e margens de caminhos. Embora menos abundante é frequente em estevais de Cistus ladanifer e Genista hystrix e em comunidades herbáceas vivazes.
A regeneração do Alyssum depende da perturbação do solo. A mobilização mecânica do solo, a movimentação dos animais domésticos, as fossadas dos javalis ou os ciclos de congelamento-descongelamento da superfície do solo nos dias frios de Inverno facilitam a instalação desta espécie. A sua abundância está, em grande medida, relacionada  com o historial recente de uso agrícola do solo.
A correlação entre a presença desta espécie e os afloramentos de rochas ultrabásicas é absoluta. Uma boa ajuda para os especialistas em cartografia geológica e para os prospectores de minerações de níquel, crómio e platina.

2 comentários:

  1. Uma cousinha: O nome da localidade galega é Melide (não Melides). :)

    Uma outra questão seria saber se realmente essas populações galegas (que têm sido descritas como A. guitianae) são lusitanicum ou simples formas serpentinófitas de A. serpillifolium. Aqui, uma foto: https://picasaweb.google.com/105713614573572913754/SaidaBotanicaAltoUlla18611#5620084654336019698

    Um saúdo!

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