quinta-feira, 9 de junho de 2011

Jurinea humilis


Decorria o ano de 1959, quando uma exploração liderada pelo Professor Abílio Fernandes do Instituto Botânico da Universidade de Coimbra no dia 18 de Junho revelava um novo género, e logo uma nova espécie para a flora portuguesa. Tratava-se de Jurinea humilis, planta da família das Asteraceae, que apresenta capítulo séssil ou tenuemente pedunculado, que cresce de forma prostrada nos interstícios de rochas xistentas.
Em Portugal parece encontrar-se restrita, às serras do Açor e Cebola (Complexo do Açor) entre os 1340 e 1420 m de altitude e Espinhaço de Cão e Alvoaça (serra da Estrela) entre os 1380 e 1480 metros de altitude, localidades pertencentes às províncias da Beira Alta, Beira Baixa e Beira Litoral. Trata-se de uma espécie relativamente comum em Espanha e que também ocorre nas montanhas da Sicília, região meridional de França e no norte de África.
Na serra da Estrela, esta espécie rara da nossa flora, encontra-se ameaçada pela contínua construção e ampliação de parques eólicos e pela abertura cada vez mais comum de aceiros florestais, que ano após ano, vêm fragmentando o seu habitat e reduzindo o efectivo populacional.

2 comentários: