segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Scrophularia grandiflora (Scrophulariaceae)

Na sequência de um post do ZG mais duas fotos do endemismo lusitano Scrophularia grandiflora, tiradas na Primavera passada no campus da Escola Superior Agrária de Coimbra.


Sendo uma planta característica arrelvados viários e outras comunidade de plantas nitrófilas e, o que é raro neste grupo ecológico de plantas, tendo uma distribuição muito restrita (centrada no Baixo Mondego), sobra uma pergunta recorrente: onde estava, qual era o habitat da S. grandiflora antes do Homem se apoderar da paisagem, antes da generalização do modo de produção Neolítico?

5 comentários:

  1. Belíssimas fotos, Carlos!
    Quanto à pergunta, não sei responder... apenas noto que a bela planta é bem hirsuta e parece ter os caules aproximadamente quadrangulares!
    Abraço,
    ZG

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  2. Olá
    Óptimo; assim já poderei confirmar ou não se o que fotografei no J.Bot. Porto,...em 2010, é esta;já que pelo menos a wikipedia não ajudava - aliás tem muito poucas (c/ foto) deste género.
    Cumprimentos
    Carlos

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  3. Talvez associada a pastagens em zonas baixas, temporalmente utilizadas com grandes manadas de veados, cavalos?

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  4. Certamente, caro anónimo. Ainda por cima, sendo a S. grandiflora ligeiramente esciófila, as clareiras que lhe serviam de habitat na paisagem pristina nem precisavam de ser muito grandes. De algum modo esta questão já foi anteriormente discutida no blogue. Mais curioso ainda é o facto da S. grandiflora ter ficado retida num pequeno território quando a generalização da agricultura e da pastorícia criou uma espécie de pan-arrelvado nitrófilo através da Europa. Esta espécie é, em si, uma evidência empírica que nem todas as plantas nitrófilas conseguiram abandonar a sua origem e colonizar outras paragens, servindo-se do homem para ampliar a sua área de ocupação e replicar o seus genes. Esticando um pouco a argumentação: é admissível que muitas espécies nitrófilas tenham sido disseminadas pela acção do Homem a partir de pequenos territórios; provavelmente os Bromus, Hordeum ou Avena que hoje consideramos indígenas são na realidade arqueófitos.

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  5. olá, já havia dito no blogue do paulo que tinha encontrado esta scrophularia na berma de um caminho no inicio da subida para a serra da boa viagem em quiaios, mas vou a rever as fotos que lá tirei no final do mes de abril deste ano, e encontrei exemplares vegetando numa parede íngreme de um barranco calcário e de forma natural. O barranco já registou ocupação humana a julgar pelas casinhas em pedra junto de uma cascata agora seca, e certo que na altura deveria estar desprovido de vegetação ,hoje tem um coberto denso de laurus, viburnum, phyllirea, ... e é neste estado de semi sombra que a planta cresce. envio uma imagem para confirmares.

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